Samelo

Samelo é como se chama uma pequena pedra, mas nunca vi ninguém usar esta palavra. O que não se usa, há de parecer inútil, já que não é convivência, não é assunto entre as pessoas. Simultaneamente a esta reflexão, reparo no detalhe de "o que não se USA". Usar é um verbo que transforma tudo em coisa. Coisa de uso. Mas nada, no fim das contas, é coisa. É como está neste poema: "Coisa". E não te esqueças mais de samelo!

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Fractal

A Wikipedia, no verbete "fractal", diz assim:

"Fractal (do latin fractu: fração, quebrado) é uma figura da geometria não clássica muito encontrada na natureza, isto é, um objeto em que suas partes separadas repetem os traços (a aparência) do todo completo (padrão repetitivo), como por exemplo na Brassica olereacea e no floco de neve de Koch. O termo, criado em 1975 por Benoît Mandelbrot, é uma tentativa de se medir o tamanho de objetos para os quais as definições tradicionais da geometria euclidiana falham."

Filosoficamente pensando, quer dizer que as partes de um todo repetem as características desse todo. Nós, humanos estamos inclusos. Compreendendo-nos, compreenderemos o todo. Pelos fragmentos (fractais, partes), conhece-se o todo. É uma forma de nos vermos, vendo o mundo.

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O Brado Retumbante

Dei um grito!, dizemos. Não costumamos utilizar os sinônimos "bradei", "brami", dentre outros. Reparo nestas coisas, pois a língua e a linguagem dizem sobre nossa alma como povo. E se posso ter uma utopia, gostaria que fôssemos um povo que utilizasse melhor a Língua Portuguesa. Em verdade, nem é utilizá-la, mas vivê-la! Uma língua é algo vivo. No Hino Nacional, há a expressão "Brado Retumbante", que é um grito que ressoa alto, que ressoa bem.

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Um Bando de Pássaros

Toda palavra rompe o silêncio, faz uma brecha por onde algum significado passa. Ou, simplesmente, um incômodo cria. O silêncio, quando rompido, é aquele instante em que, numa floresta, um bando de pássaros levanta voo de entre as árvores, sacudindo o vento e a atenção de quem vê.

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Tudo Passa

É verdade: tudo passa. Mas não confundamos isso com algum comodismo que queiramos expressar. Tudo passa no sentido de que, na vida, na realidade do universo, tudo está em transformação constante, mesmo que não pareça. Assim sendo, necessitamos exercitar o desapego, para não ficarmos presos ao que está passando e perdemos a oportunidade de viver o momento presente.

Demore o que demorar, isso, um dia, faz sentido. Acredite! Um dia, isso fica muito claro dentro de cada um de nós.

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Herói

Para levarmos a vida que levamos neste mundo caótico, sobrevivendo dia a dia, somos heróis. Aquela ideia de que herói é um ser com poderes especiais, como o Superman, é só na ficção mesmo. Heróis somos nós pessoas de carne de osso. Talvez, umas mais que outras, a depender das situações. Saibamos disto!

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Vontade

Vontade não é mesmo que desejo. Vontade é racional, desejo é instintivo, involuntário. Vontade é escolha, é fechar foco sobre algo e exercer uma ação de busca, de construção ou de negação. Segurar a vontade, que é se manter no curso do que se escolheu, aí é perseverança, e esta exige paciência. Nossas virtudes, como nossos defeitos, atuam em conjunto. Deveríamos ser educados sobre isto na formação escolar. Caso fôssemos, teríamos mais base de conhecimento para a vida. Quantos obstáculos venceríamos mais facilmente, caso tivéssemos uma educação escolar que desse conta do essencial, do SER?

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Lixo

Deveríamos ter uma educação melhor sobre consumo e geração de lixo, para evitarmos gerar tanta sujeira. Das ações mais efetivas do ser humano, uma é esta: gerar lixo. É como se, de propósito, nos alienássemos do assunto, achando que o lixo se evapora. E gerar lixo diz muito sobre quem somos e o tipo de sociedade que criamos.

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Comunicação

Apesar dos meios terem melhorado, com o advento da internet, pouco melhoramos em comunicação, pois comunicar-se é relação entre um e outro, criando sintonia entre falar e ouvir. Estamos falando - ou escrevendo -, mas não estamos trocando, o que é dizer que estamos sós, cada vez mais sós, isolados uns dos outros. Curiosamente, estamos longe disso, de uma interação de verdade.

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